Evidências Duradoura da Reforma Protestante no Brasil | Lucio Manoel

  

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por Lucio Manoel

506 Anos de Reforma Protestante - Refo500


O evento que sacudiu o mundo a pouco mais de quinhentos anos atrás continua influenciando os quatro cantos do planeta, em pleno século XXI. E quando começa o mês de outubro, as redes sociais são inundadas de imagens, vídeos, textos, figurinhas e eventos comemorativos acontecem em diversos lugares.


Neste ano de 2023, a Reforma Protestante alcança seus 506 anos Ao longo de mais de cinco séculos, a Reforma tem enfrentado altos e baixos, em diferentes níveis, em diferentes lugares do mundo. Porém os sinais da Reforma permanecem em todo canto, também no Brasil.


No solo brasileiro, os primeiros sinais da Reforma se mostraram ainda no século XVI. Uma expedição com cerca de 600 reformados chegou na Baía da Guanabara (Atualmente Rio de Janeiro), em 1555. Estes reformados foram enviados de Genebra, por João Calvino, a pedido de Nicolas Durand de Villegaignon, um Almirante que estava a serviço da coroa francesa. O apoio dos franceses à empreitada partiu de Gaspar de Coligny, um estadista que gozava de prestígio entre a monarquia. Porém, os reformados não duraram muito tempo nas terras brasileiras. Controvérsias entre Villegaignon e os reformados se acirraram, levando à expulsão dos reformados e ao martírio de alguns que deixaram como herança a Confissão da Guanabara, de 1557, o primeiro documento confessional reformado das Américas. Os franceses ainda estiveram presente no Maranhão entre 1612 e 1615 e contribuíram para a fundação da atual capital do Estado, São Luís.


No século seguinte, outros sinais da Reforma Continental brilhavam nos céus do Nordeste brasileiro. Depois de uma tentativa de invasão na Bahia, em 1624, rapidamente debandada pelos portugueses, os holandeses atracaram em Olinda, em 1630, e rapidamente se estabeleceram em Recife, e expandiram a ocupação para outras cidades ao Norte e ao Sul. A Igreja Reformada da Holanda chegou com os colonizadores, mas também foi expulsa com eles, em 1654. No entanto, durante vinte e quatro anos, a região e a religião prosperaram nas negras ocupadas. A religião reformada e a cultura holandesa deixaram marcas permanentes na paisagem e na alma dos nordestinos. Ainda hoje são conhecidos inúmeros locais de ocupação e monumentos históricos e religiosos do período holandês.


Depois dos reformados genebrinos, franceses e holandeses, nos séculos XVI e XVII, os séculos seguintes marcaram a chegada em massa de imigrantes e missionários de diversos países, especialmente dos Estados Unidos. Eles trouxeram o conhecimento reformado de volta ao Brasil, ainda que de maneira pouco representativo de uma tradição reformada histórica. Somente recentemente, a Tradição Reformada Continental retornou ao Brasil, por meio de missionários holandeses e canadenses. O resultado dessa missão foi o surgimento de igrejas reformadas em vários estados do Brasil. Essas igrejas estão reunidas desde o ano 2000 na Confederação das Igrejas Reformadas do Brasil (IRB).


Publicado com autorização.

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Pr. Lucio Manoel é ministro da Palavra na Igreja Reformada de Caruaru (AQUI)

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